O estudo de manulações é muito importante porque haverá um tempo em
que você terá que quebrar o primeiro comando da bateria: “use sempre
batidas alternadas”. Tocar bateria faz com que sua vida não seja tão
simples quanto você imaginava.
A melhor maneira
de trabalhar com manulações é praticar com combinações e permutações.
Dê uma olhada no livro “Stick Control” de George Stone.
Quando
você tiver um livro destes em mãos, trabalhe nas combinações que ele
oferece, mas não apenas das maneiras que estão escritas. Há muitas
coisas que você pode fazer.
Em primeiro lugar,
toque as combinações com os pedais em ostinato. Com as manulações, você
pode usar cada mão em um instrumento diferente, porque os diversos
timbres vão tornar a audição mais compreensível. Esta é uma boa maneira
de desenvolver seu senso de polirritmia e síncopa, porque quando você
ouve cada mão separada, você percebe certos ritmos que não perceberia se
tivesse tocando com ambas as mãos no mesmo instrumento.
Veja alguns exemplos com pedal de Baião:
Com as mãos na caixa
Deslocando a mão direita para o prato de condução
Aplicando a mão direita em alguns tambores
Também tente tocar os vários padrões de manulação com diferentes tipos de notas. Digamos que o padrão está escrito em semicolcheias, ai você tenta mudá-lo para tercinas ou sextinas, sem mudar as manulações. Por exemplo, se o padrão for o seguinte:
Você pode tocá-lo como tercinas com a mesma manulação:
É claro que, quando você faz isto, precisará do auxílio de um metrônomo ou que um membro (pé esquerdo no chimbal) mantenha o tempo para ter certeza que você não perdeu a pulsação.
O
próximo passo é colocar o que você aprendeu em um contexto musical.
Escolha uma levada e toque-a por 3 compassos. No quarto compasso use os
padrões de manulações como um fill, sempre mantendo o pulso com o
chimbal. Pratique isso com todas as variações de notas também, por
exemplo: transforme semicolcheias (DEDE DEDE) em tercinas (DED EDE),
sextinas (DEDEDE DEDEDE), etc.
Depois que você praticou tudo isso, vem a parte mais dura. Use as manulações dadas nos exercícios, mas não escolha uma seqüência lógica para aplicá-las. Simplesmente mantenha a manulação e a espalhe por toda a bateria. Não fique pensando assim: “vou colocar essa nota aqui, aquela ali, etc”; simplesmente deixe suas mãos livres para tocarem onde quiserem. Há 3 maneiras de você organizar isso:
Movimentos paralelos - quando ambas as mãos se movimentam juntas, como um fill comum entre os tons.
Movimento oblíquo - quando uma mão se movimenta pelo kit e a outra fica fixa em um só instrumento.
Movimento contrário - quando as mãos se movimentam uma independente da outra.
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